O homem contemporâneo é tão, ou na verdade muito mais brutal, do que nossos mais remotos ancestrais, inclusive os primitivos habitantes das cavernas. Teoricamente, a educação e o crescente acesso às informações, ditados pela fantástica evolução da tecnologia, deveriam reduzir, se não eliminar, todo e qualquer tipo de brutalidade. Não é, porém, infelizmente, o que acontece. Muito pelo contrário. A História registra guerras e mais guerras, ferocíssimas e sanguinárias, desde a invenção da escrita. Mas nenhuma das atrocidades de um Átila, de um Alarico, de um Genserico ou de tantos e tantos outros ferozes matadores sequer se compara, por exemplo, nem de longe, ao Holocausto, da Segunda Guerra Mundial, ou aos massacres ocorridos ainda recentemente na Bósnia, em Kosovo, na Chechênia e, notadamente no Iraque e no Afeganistão. Por isso, não tenho como deixar de dar razão ao escritor peruano, Mário Vargas Llosa, que constatou: “A brutalidade constitui uma das mais constantes heranças humanas, que o desenvolvimento absolutamente não elimina”. E aduziria, desolado: “infelizmente”.
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