Há pessoas que se queixam de que suas vidas são vazias e monótonas e que têm que conviver, à sua revelia, com o tédio. Dizem que seus dias são sempre iguais e que carecem de movimento e de emoções. Quem pensa dessa maneira é porque não tem intimidade consigo mesmo. Não soube construir um mundo interior rico e variado e não desenvolveu o saudável hábito da meditação. Pior, não estabeleceu um ideal a conquistar e, dessa forma, não há, de fato, como viver um cotidiano rico e alegre. Quem traça nossa trajetória de vida somos nós mesmos. Ademais, como afirma o escritor Marcel Proust, “os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem”. E por que esse “talvez”? Porque nem para esses objetos de precisão há essa igualdade. Afinal, duas vezes por ano, os dias variam com a entrada e a posterior saída do “Horário de Verão”. Ame, relacione-se, faça amizades, doe-se e medite. Agindo assim, não haverá tédio que resista à força do seu pensamento.
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