Quem é mais importante para o equilíbrio social e o progresso dos povos: o moço ou o idoso? Na minha avaliação, ambos. Não por acaso, a natureza, em sua eterna sabedoria, permite a existência simultânea tanto de um, quanto do outro. A juventude caracteriza-se pela força, idealismo e entusiasmo. É a mola propulsora do progresso. Todavia, carece de algo essencial: o bom-senso, e, sobretudo, a experiência, que só se adquire com o muito viver. Já o idoso é vulnerável em termos físicos. Não se pode exigir dele força, já que esta lhe mingua com o passar dos anos. Seu papel nas sociedades é o de guia e moderador do entusiasmo dos jovens. Como se observa, um precisa do outro. Will Durant ilustrou essa mútua necessidade com esta sábia metáfora: “A mocidade tem o fogo, mas não a luz; a velhice, dona da luz, tirita por falta de fogo”. Enquanto, pois, um ilumina o caminho que ambos seguem, o outro aquece os dois com as chamas da sua paixão.
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