Saturday, June 20, 2009

REFLEXÂO DO DIA


Conheço pessoas doutas, de imensa cultura e sagacidade, com capacidade mental muito superior à média e que, no entanto, no convívio cotidiano, são encaradas com menosprezo pelo vulgo, dada sua ternura, ingenuidade e inocência. São desprovidas de malícia e não raro, vítimas de chacotas de imbecis arrogantes, tão desprovidos de inteligência a ponto de serem incapazes de enxergar méritos em quem ostensivamente os têm (embora nunca façam alarde deles). Os verdadeiros sábios, os guias de povos, os gênios, os propulsores do progresso científico, tecnológico, artístico e espiritual, são, via de regra, humildes. Deixam a empáfia e a arrogância para os estúpidos e ignorantes. Lima Barreto escreveu a respeito, no romance “Triste fim de Policarpo Quaresma”: “...A candura e a pureza d’alma...vão habitar esses homens de uma idéia fixa, os grandes estudiosos, os sábios e os inventores, gente que fica mais terna, mais ingênua, mais inocente que as donzelas das poesias de outras épocas. É raro encontrar homens assim, mas os há e, quando se os encontra, mesmo tocados de um grão de loucura, a gente sente mais simpatia pela nossa espécie, mais orgulho de ser homem e mais esperança na felicidade da raça”. Eu me sinto assim face a esse tipo de pessoas.

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