O homem contemporâneo, ferozmente materialista, obcecado pela conquista de bens materiais dos quais, provavelmente, sequer terá tempo de usufruir, dá cada vez menos valor à reflexão. Como conseqüência, decrescem seus pensamentos e, mesmo vivendo em meio a crescentes multidões, sente-se cada vez mais solitário e vazio. Henry David Thoreau escreveu, no ensaio “Caminhando”: “Na Nova Inglaterra temos o hábito de dizer que a cada ano é menor o número de pombos que nos visitam. Nossas florestas não lhes fornecem um bom lugar para pousar. Da mesma forma, talvez, vai diminuindo de ano a ano a quantidade de pensamentos que visitam um homem que vai crescendo, pois destruímos os arvoredos de nossas mentes, para alimentar o fogo útil das ambições ou a fornalha das fábricas e mal sobra um graveto no qual possa repousar uma reflexão. Os pensamentos não mais fazem seu ninho em nossa mente”.
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