Tuesday, June 02, 2009

REFLEXÂO DO DIA


O bem (a exemplo do mal) gera efeitos duradouros que não se restringem, apenas, ao presente, mas abrangem o passado e o futuro e nos sobrevive, para muito além da nossa morte. Muitos não se dão conta disso e não medem seus atos, achando que seus efeitos serão efêmeros passageiros. Entendem que, se forem bons, causarão satisfação momentânea, e se maus, logo serão esquecidos, mesmo que sobrevenha alguma punição em represália ou que a vítima perdoe a maldade praticada. As coisas, contudo, não ocorrem dessa maneira. Nossas ações produzem efeitos incessantes e duradouros, que independem do tempo. Entre causar mágoas e rancores que talvez jamais se apaguem e beneficiar o próximo, é óbvia a escolha mais sensata que devemos fazer. Antonio Vieira, num magnífico sermão, chegou a esta conclusão: “O bem ou é presente, ou passado, ou futuro: se é presente, causa gosto; se é passado, causa saudade, se é futuro, causa desejo”.

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