Pedro J. Bondaczuk
O homem, por menor que seja a sua posição social e por mais ínfima que seja a sua condição material, faz parte de um todo grandioso. Integra uma unidade tão grande, que suas dimensões são inconcebíveis para a mente humana: o universo. Os cientistas especulam a respeito. Criam teorias sobre a origem universal. Arriscam-se a previsões acerca do fim desse conjunto descomunal. Tentam, até, definir o seu tamanho. Claro que tudo não passa de mero exercício especulativo. Certeza ninguém tem de nada e nunca poderá ter, dadas as limitações humanas.
Cada homem, e por extensão, cada ser vivente, animal ou vegetal (e quem sabe até mineral, que talvez se constitua em uma forma peculiar de vida) ‚ como se fosse uma célula de um enorme organismo vivo: a Terra. E de fato é. Integra-se num todo, tem sua finalidade e função e é importante para o conjunto. Daí o egoísmo ser, antes de tudo, enorme tolice.
Deus seria a soma de tudo isso. A somatória dos universos (pois é provável que existam inúmeros). Estaria em todos os lugares simultaneamente e em nenhum especificamente. Marcaria presença em tudo e todos. Religião, como a própria palavra sugere (vem de "religare", religar, tornar a juntar), é o retorno, pelo menos espiritual, à origem divina. É a aquisição da consciência da nossa existência e da finalidade do existir.
Daí ser rematada tolice a existência dessa infinidade de seitas. A religação com a divindade é uma só, embora por infinitos caminhos. Cada qual sente essa necessidade (alguns renegam-na) à sua maneira, de conformidade com seu estágio mental. Uns fazem-no de forma evoluída, madura, racional, identificando Deus em cada célula do seu organismo. Outros, precisam de projeções, de estátuas, de ídolos, de visualizações. Quem está certo? Quem está errado? Erra apenas quem não faz qualquer tentativa para se religar.
O escritor Aldous Huxley, em seu livro "Contraponto", ajuda a esclarecer a questão ao escrever: "Deus está em nós, naturalmente, como está em muitos lugares. Mas ele está em nós no mesmo sentido que um pedaço de pão está em nós quando o comemos. Deus está no nosso corpo mesmo, no nosso sangue e nos nossos intestinos, no nosso coração, na nossa pele, nos nossos rins. Deus é a resultante total, espiritual e física, de todo pensamento, de toda ação que signifique vida, de toda relação vital com o mundo".
O homem, por menor que seja a sua posição social e por mais ínfima que seja a sua condição material, faz parte de um todo grandioso. Integra uma unidade tão grande, que suas dimensões são inconcebíveis para a mente humana: o universo. Os cientistas especulam a respeito. Criam teorias sobre a origem universal. Arriscam-se a previsões acerca do fim desse conjunto descomunal. Tentam, até, definir o seu tamanho. Claro que tudo não passa de mero exercício especulativo. Certeza ninguém tem de nada e nunca poderá ter, dadas as limitações humanas.
Cada homem, e por extensão, cada ser vivente, animal ou vegetal (e quem sabe até mineral, que talvez se constitua em uma forma peculiar de vida) ‚ como se fosse uma célula de um enorme organismo vivo: a Terra. E de fato é. Integra-se num todo, tem sua finalidade e função e é importante para o conjunto. Daí o egoísmo ser, antes de tudo, enorme tolice.
Deus seria a soma de tudo isso. A somatória dos universos (pois é provável que existam inúmeros). Estaria em todos os lugares simultaneamente e em nenhum especificamente. Marcaria presença em tudo e todos. Religião, como a própria palavra sugere (vem de "religare", religar, tornar a juntar), é o retorno, pelo menos espiritual, à origem divina. É a aquisição da consciência da nossa existência e da finalidade do existir.
Daí ser rematada tolice a existência dessa infinidade de seitas. A religação com a divindade é uma só, embora por infinitos caminhos. Cada qual sente essa necessidade (alguns renegam-na) à sua maneira, de conformidade com seu estágio mental. Uns fazem-no de forma evoluída, madura, racional, identificando Deus em cada célula do seu organismo. Outros, precisam de projeções, de estátuas, de ídolos, de visualizações. Quem está certo? Quem está errado? Erra apenas quem não faz qualquer tentativa para se religar.
O escritor Aldous Huxley, em seu livro "Contraponto", ajuda a esclarecer a questão ao escrever: "Deus está em nós, naturalmente, como está em muitos lugares. Mas ele está em nós no mesmo sentido que um pedaço de pão está em nós quando o comemos. Deus está no nosso corpo mesmo, no nosso sangue e nos nossos intestinos, no nosso coração, na nossa pele, nos nossos rins. Deus é a resultante total, espiritual e física, de todo pensamento, de toda ação que signifique vida, de toda relação vital com o mundo".
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