Todos temos, em algum momento da vida, súbito lampejo de sabedoria, que varia em intensidade e duração. Alguns, esmeram-se em buscar detalhes dessa centelha divina, desenvolvem o hábito da meditação, estudam, pesquisam, perquirem e lêem e se tornam sábios. A maioria, porém, fica comodamente à espera de novos lampejos, que acabam por não se manifestar jamais. Perdem a oportunidade de chegar à fonte da sabedoria. Ressalte-se que saber não implica, necessariamente, em conhecer, embora seja o princípio do conhecimento. Trata-se da informação bruta sobre um fato, conceito ou coisa, sem o devido detalhamento. Só o estudo, a meditação, o raciocínio e a leitura nos levam à plenitude do conhecimento, em princípio acessível a todos, mas que poucos conseguem obter. Henry David Thoreau observa a esse propósito, num dos seus mais famosos ensaios: “A sabedoria não chega aos espíritos em detalhes; ela viaja nos lampejos da luz celeste”.
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