O homem, a despeito da sua pequenez, é o marco divisório das unidades máximas de medida de tempo e de espaço, do eterno e do infinito. A mente humana, por mais que nos esforcemos, não consegue apreender a noção da eternidade e da infinitude. Por que? Porque somos minúsculos em demasia e, sobretudo, perecíveis. Conceitos, como estes, do eterno e do infinito, não cabem, portanto, em nossas limitadas e mortais mentes. Fernando Pessoa expressou isso, de forma metafórica, quando escreveu: “Entre o sono e o sonho, entre mim e o que em mim é o que eu me suponho, corre um rio sem fim”. Ou seja, entre o que sonhamos e o que vivemos, entre o que de fato somos e o que supomos ser, estão o infinito e o eterno. Daí a impossibilidade de nos conhecermos e, acima de tudo, de conhecermos de fato os que nos rodeiam. Temos, apenas, pálidas noções a nosso próprio respeito e dos que nos cercam e/ou conosco convivem, nada mais.
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