Existe, de fato, algo que possamos chamar de "espírito de Natal", ou seja, uma suposta predisposição de pensar no próximo, no miserável, no indigente, no solitário ou no sofredor, em contraposição à fartura e à alegria dos privilegiados por ocasião dessa data? Uns mostram otimismo e fé na racionalidade humana (entre os quais me incluo) e certeza de que, um dia, não existirão mais famintos, desabrigados, excluídos ou segregados no mundo. Outros, não escondem seu ceticismo sobre o egoísmo do homem e suas trágicas conseqüências. Mário da Silva Brito destaca, numa crônica: "Pedem-me alegria. Mas como exercê-la sem que pareça uma afronta à infelicidade geral dos homens do mundo?! Só os inconscientes e os desalmados não percebem que a hora é de tristeza”. Não concordo! A hora é, sim, de muita alegria, a despeito de tudo! Temos, contudo, de fazer a nossa parte, para que haja, um dia, um mundo melhor, humano e justo. Feliz Natal a você e a todos os que você ama!!!
1 comment:
Caro Pedro, concordo com você quanto aos sentimentos conflitantes que sentimos no Natal. Cair no ceticismo nos deprime, melhor comemorar o nascimento do menino Deus e fazer um pouco pelos que não podem usufruir da fartura. Alio-me a você.
Desejo-lhe um Natal de paz e amor.
Abraços
Veca
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