Friday, December 28, 2007

REFLEXÃO DO DIA


Confunde-se, amiúde, generosidade com piedade. Ambas são virtudes dignas de se cultivar. O generoso não se apega a bens (materiais ou intelectuais), que distribui, fartamente, aos que o rodeiam. O piedoso, por seu turno, compadece-se dos sofrimentos alheios, sente compaixão pelo próximo, mas nem sempre esse sentimento vem acompanhado de boas ações. Se vier, torna-se um santo. Caso contrário... o que sente, embora nobre, é estéril e não redunda em bem algum. Esse desapego por bens e idéias torna, quem age assim, leve, solto, alegre e feliz. Sua preocupação é produzir obras (materiais, artísticas ou intelectuais), que faz questão de partilhar com o mundo. Não por acaso, Bertholt Brecht constata, no poema “As boas ações”: “Ser generoso, que bela tentação!/Uma boa palavra brota suavemente/como um suspiro de felicidade”. A generosidade traz mais alegrias e satisfações a quem a pratica até do que aos beneficiários. Sempre vale a pena!

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