É muito difícil esquecer uma ofensa, uma afronta, uma humilhação. Lembrá-las, todavia, é exercício inútil, que só causa sofrimento e angústia e perpetua esses males. Para quê povoar a mente de rancores, ódios e ressentimentos, se há tanta coisa boa no mundo para se viver e, posteriormente, se recordar com alegria e com saudade? Lembrar a todo o instante a ofensa sofrida é dar demasiada importância ao agressor. Devemos valorizar, isto sim, quem espalha atos, e fatos, e feitos de bondade, de grandeza e de amor e tomá-los referenciais de vida. O ensaísta norte-americano Henry David Thoreau acentua: “É tão difícil esquecer o mal quanto é inútil recordá-lo! Se não posso deixar de ser um caminho para a passagem de outros, prefiro deixar passar os riachos das montanhas, as correntezas do Parnaso, e não os esgotos da cidade”. Invertamos, pois, o provérbio: gravemos as ofensas na areia e os atos belos e nobres numa indestrutível rocha.
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