O Natal é, e deve ser, sobretudo, a festa da vida. Recorda o insólito nascimento de um Deus, gerado por uma virgem. Fixa na memória e perpetua através da tradição uma lição de suprema humildade, que atravessou dois milênios, e deve atravessar outros mais, até "o final dos tempos", ao mostrar que o que importa na vida, e que o homem deve buscar de forma incansável, não são glórias, riquezas ou ostentações, mas a conquista de si mesmo. O Natal deve ser um hino em louvor desta magnífica oportunidade que temos de existir, mesmo que por tempo limitado. É época para meditação, mas não de amargas recriminações contra o mundo, ao qual muitos culpam por suas desventuras e incompetência em gerir o próprio destino. A reflexão ideal para a data é a deixada por Theodor Fontane: "Só uma coisa interessa para onde quer que se vá e seja como for que se vá: nós ouvirmos a música da Vida". Ouçamo-la, com atenção e reverência, neste Natal.
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