Promessas e juras de quaisquer espécies são, invariavelmente, inócuas e inúteis, quando se trata de sentimentos. Podemos prometer fazer algo por alguém, seja lá o que for, e cumprir o que prometemos, desde que a tarefa seja factível. Todavia, se prometermos amar determinada pessoa para sempre, podemos deixar de fazê-lo logo no minuto seguinte. Somos senhores dos nossos atos, não dos nossos sentimentos. Não se trata de ser volúvel, mas de não se ter controle sobre as emoções. Ninguém tem. Não se ama, por exemplo, porque se quer, embora possamos (e devamos) conservar o amor com ações concretas, que impeçam que ele esfrie, caia na rotina e se extinga. Promessas não cumpridas, especialmente neste campo, tendem a provocar mágoas incuráveis. Não as faça. Mário Quintana lembra, com grande pertinência: “Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos. Atos são pássaros engaiolados, sentimentos são pássaros em vôo”.
No comments:
Post a Comment