O que sonhamos e quisemos, mas deixamos de concretizar e de viver, provoca, em nós, dor e frustração muito maiores do que tropeços e fracassos inesperados, mesmo que aparentemente mais graves. Como seres humanos, não podemos prescindir de ilusões que se contraponham à não rara dureza e violência da realidade. Encará-la é como tentar olhar de frente o sol. Não conseguimos. Manda o bom-senso, porém, que limitemos a quantidade e a intensidade das ilusões. Que vivamos com mais naturalidade e leveza, sem muito esperar do acaso, mas sabendo administrar as surpresas que a vida nos traz a cada momento. Ou seja, festejando e usufruindo, ao máximo, as positivas, e não superestimando, e nem se deixando abater, pelas negativas. Carlos Drummond de Andrade recomenda, em uma de suas crônicas: “Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!!!”.
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