Friday, May 11, 2007

REFLEXÃO DO DIA


Os poetas são pessoas muito especiais, que “nascem conscritas” e que “têm o estigma da liberdade”, como acentuou Murilo Mendes. Enxergam longe, além do visível e do palpável, do passado ou do futuro. Vasculham a alma humana, matéria-prima dos seus versos, e de lá extraem beleza, além de exorcizar seus demônios. O poeta francês Paul Valéry, em seu livro “Cartas sobre a crise do espírito”, escreveu: “A dificuldade de reconstruir o passado, mesmo o mais recente, é inteiramente comparável à dificuldade de construir o futuro, mesmo o mais próximo: ou melhor, é a mesma dificuldade. O profeta está no mesmo saco que o historiador. Deixemo-los aí”. Quem consegue fazer essa síntese com perfeição, porém, é o poeta, cuja obra não é limitada pelo tempo e nem por modismos.

2 comments:

Anonymous said...

Olá Pedro,
Tive a oportunidade de ver sua palestra na PUC hoje e resolvi passar para ver seus textos. Gostei muito. Ganhou um frequentador assíduo.

Abraços

Sarah Schmidt said...

O poeta é livre - pelo menos em seus versos.
O que escreve não é ficção, é a mais pura expressão do sentimento.
Por isso não está preso a nenhum tempo: os sentimentos estão sempre presentes...

Gostei muito do texto, Pedro.
Ví sua palestra na PUCC ontem.
Aliás, te enviei um email.
Se poder passar no meu blog depois...
Obrigada!!!!