Pedro J. Bondaczuk
A vida é uma sucessão de desafios (incontáveis) e de oportunidades (escassas). É um desfile de tragédias e de comédias, de alegrias e de tristezas, de vitórias e de derrotas. Enfim, é caracterizada por uma imensa diversidade de situações e de conseqüentes reações face a elas.
Vivemos contínuos paradoxos. O psicólogo Milton de Oliveira caracteriza, no livro “Energia emocional – base para gerência eficaz” (Makron Books Editora), com precisão esse nosso comportamento paradoxal, ao assinalar: “Somos a unidade na diversidade. Somos a diferença da igualdade – iguais no macro e diferentes no micro. Em linguagem poética, somos originais do lugar-comum, vencedores triunfantes da tragédia humana, organização complexa das energias caóticas do universo”.
Ou seja, podemos ser semelhantes a milhares, milhões, quiçá bilhões de pessoas que vivem ou já viveram, mundo afora, desde a criação do homem, mas jamais iguais. Cada um de nós tem uma personalidade, uma identidade única, pessoal, característica, que depende da nossa origem, educação, conformação biológica e do meio em que vivemos, entre outras tantas coisas.
Até hoje, por exemplo, não foram encontrados, em época e em lugar algum, dois gêmeos idênticos que pensassem de forma rigorosamente igual ou que reagissem da mesmíssima forma aos vários estímulos, físicos e/ou psíquicos, a que sejam submetidos.
Embora óbvio, é mister destacar que semelhança não implica em absoluto em igualdade. Somos originalíssimos, mesmo que venhamos a ter aparências e vidas rigorosamente iguais a alguém. O filósofo espanhol, José Ortega y Gasset, caracterizou bem a diversidade de situações que temos que enfrentar com a famosa afirmação: “Eu sou eu e minha circunstância”. Esta (ou estas, já que elas são várias) é mister reiterar, pode (ou podem) ser até “parecida” (ou parecidas) para todos, mas jamais é igual (ou são iguais).
O que o eminente e polêmico pensador pretendeu com essa declaração – objeto de inúmeros estudos, artigos e ensaios – foi particularizar os problemas do homem. Nosso sucesso ou fracasso na vida dependem da forma com que equacionarmos as nossas circunstâncias. Destaque-se que a afirmação de Gasset tem um importante complemento, raramente citado. A citação completa é: “Eu sou eu e minha circunstância. Se não salvo a ela, não salvo a mim”.
E como assegurar essa “salvação”? Mudando a realidade, em vez de se submeter, passivamente, a ela. Quem não tem capacidade, vontade e determinação para fazer essa mudança, paga, via de regra, um preço altíssimo, em termos de frustrações, decepções de toda a sorte, mágoas, tristezas e fracassos. Ou seja, se afundará na circunstância e não dará sentido algum à sua vida.
Gasset admite que há várias maneiras de mudar uma realidade adversa. Mas ressalta que o caminho mais simples e mais seguro para essa reversão é melhorando a própria educação, no sentido mais amplo que se possa dar ao termo e, por conseqüência, o nível cultural. Ou seja, é ampliando, ao máximo, o raio dos seus conhecimentos sobre tudo e sobre todos e, principalmente, sobre si próprio. O autoconhecimento, frise-se, é fundamental (embora infinitamente mais complicado).
O cerne do pensamento filosófico de Gasset é que “aquilo que importa ao homem, antes de tudo, é a lucidez e a compreensão do mundo”. Afinal, esta é a forma que nos é facultada de mostrar (e de exercitar) nossa humanidade. Só compreendendo onde estamos, com quem vivemos, como cada parceiro dessa aventura reage e quais são nossas alternativas, podemos modificar as circunstâncias adversas ou, principalmente, extrair o máximo das que nos sejam favoráveis.
Há quem confunda a circunstância, citada por Ortega y Gasset, com destino. Ocorre que este, de acordo com os deterministas, não poderia jamais ser alterado. Quem pensa assim garante que todos nascemos com rígidas trajetórias pré-traçadas, que seriam imutáveis. Já o cerne do pensamento do filósofo é o de que toda e qualquer situação que nos ocorra na vida é sempre passiva de mudanças, desde que estejamos, claro, aptos e determinados a mudar essa realidade. E você, querido leitor, o que acha?
A vida é uma sucessão de desafios (incontáveis) e de oportunidades (escassas). É um desfile de tragédias e de comédias, de alegrias e de tristezas, de vitórias e de derrotas. Enfim, é caracterizada por uma imensa diversidade de situações e de conseqüentes reações face a elas.
Vivemos contínuos paradoxos. O psicólogo Milton de Oliveira caracteriza, no livro “Energia emocional – base para gerência eficaz” (Makron Books Editora), com precisão esse nosso comportamento paradoxal, ao assinalar: “Somos a unidade na diversidade. Somos a diferença da igualdade – iguais no macro e diferentes no micro. Em linguagem poética, somos originais do lugar-comum, vencedores triunfantes da tragédia humana, organização complexa das energias caóticas do universo”.
Ou seja, podemos ser semelhantes a milhares, milhões, quiçá bilhões de pessoas que vivem ou já viveram, mundo afora, desde a criação do homem, mas jamais iguais. Cada um de nós tem uma personalidade, uma identidade única, pessoal, característica, que depende da nossa origem, educação, conformação biológica e do meio em que vivemos, entre outras tantas coisas.
Até hoje, por exemplo, não foram encontrados, em época e em lugar algum, dois gêmeos idênticos que pensassem de forma rigorosamente igual ou que reagissem da mesmíssima forma aos vários estímulos, físicos e/ou psíquicos, a que sejam submetidos.
Embora óbvio, é mister destacar que semelhança não implica em absoluto em igualdade. Somos originalíssimos, mesmo que venhamos a ter aparências e vidas rigorosamente iguais a alguém. O filósofo espanhol, José Ortega y Gasset, caracterizou bem a diversidade de situações que temos que enfrentar com a famosa afirmação: “Eu sou eu e minha circunstância”. Esta (ou estas, já que elas são várias) é mister reiterar, pode (ou podem) ser até “parecida” (ou parecidas) para todos, mas jamais é igual (ou são iguais).
O que o eminente e polêmico pensador pretendeu com essa declaração – objeto de inúmeros estudos, artigos e ensaios – foi particularizar os problemas do homem. Nosso sucesso ou fracasso na vida dependem da forma com que equacionarmos as nossas circunstâncias. Destaque-se que a afirmação de Gasset tem um importante complemento, raramente citado. A citação completa é: “Eu sou eu e minha circunstância. Se não salvo a ela, não salvo a mim”.
E como assegurar essa “salvação”? Mudando a realidade, em vez de se submeter, passivamente, a ela. Quem não tem capacidade, vontade e determinação para fazer essa mudança, paga, via de regra, um preço altíssimo, em termos de frustrações, decepções de toda a sorte, mágoas, tristezas e fracassos. Ou seja, se afundará na circunstância e não dará sentido algum à sua vida.
Gasset admite que há várias maneiras de mudar uma realidade adversa. Mas ressalta que o caminho mais simples e mais seguro para essa reversão é melhorando a própria educação, no sentido mais amplo que se possa dar ao termo e, por conseqüência, o nível cultural. Ou seja, é ampliando, ao máximo, o raio dos seus conhecimentos sobre tudo e sobre todos e, principalmente, sobre si próprio. O autoconhecimento, frise-se, é fundamental (embora infinitamente mais complicado).
O cerne do pensamento filosófico de Gasset é que “aquilo que importa ao homem, antes de tudo, é a lucidez e a compreensão do mundo”. Afinal, esta é a forma que nos é facultada de mostrar (e de exercitar) nossa humanidade. Só compreendendo onde estamos, com quem vivemos, como cada parceiro dessa aventura reage e quais são nossas alternativas, podemos modificar as circunstâncias adversas ou, principalmente, extrair o máximo das que nos sejam favoráveis.
Há quem confunda a circunstância, citada por Ortega y Gasset, com destino. Ocorre que este, de acordo com os deterministas, não poderia jamais ser alterado. Quem pensa assim garante que todos nascemos com rígidas trajetórias pré-traçadas, que seriam imutáveis. Já o cerne do pensamento do filósofo é o de que toda e qualquer situação que nos ocorra na vida é sempre passiva de mudanças, desde que estejamos, claro, aptos e determinados a mudar essa realidade. E você, querido leitor, o que acha?
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