Pedro J. Bondaczuk
As pessoas têm uma visão equivocada dos membros das academias de letras, não apenas da Campinense, mas de qualquer uma. Pensam que se trata de um clube de velhinhos, que se reúne para permitir que seus componentes joguem conversa fora, acompanhando o bate-papo com cházinhos e torradas. Não é nada disso, é claro!
Outros, deslumbrados com a importância social e especialmente cultural dos seus integrantes, entendem que é um conjunto de "deuses" que consomem "ambrósia" em profusão durante suas reuniões, sem outras preocupações que não sejam as belas letras. "Afinal, não são imortais?!", argumentam.
A Academia, é verdade, enche (e deve encher) de orgulho os que conseguem ser guindados a ela por seus pares. Ninguém obtém ali alguma cadeira por mera simpatia, por riqueza ou posição social que ocupe. Consegue apenas por mérito. A eleição é conseqüência natural de muito e consistente trabalho intelectual e até de um certo consenso nos meios culturais da cidade quanto ao seu valor.
Porém, mais do que honraria, é missão. Implica em responsabilidade. Pressupõe continuidade de produção intelectual – poesia, romance, conto, crônica, teatro, ensaio ou seja que gênero for – por todos os dias da vida, até o momento de "ficar encantado", que é como Guimarães Rosa qualifica o momento da morte de um escritor.
O acadêmico só se torna imortal na medida em que imortalize a cultura de seu tempo e de sua comunidade. Porque a Academia é, acima de tudo e de qualquer coisa, a guardiã das tradições da cidade (ou do Estado ou do País, dependendo da sua natureza e abrangência).
As pessoas têm uma visão equivocada dos membros das academias de letras, não apenas da Campinense, mas de qualquer uma. Pensam que se trata de um clube de velhinhos, que se reúne para permitir que seus componentes joguem conversa fora, acompanhando o bate-papo com cházinhos e torradas. Não é nada disso, é claro!
Outros, deslumbrados com a importância social e especialmente cultural dos seus integrantes, entendem que é um conjunto de "deuses" que consomem "ambrósia" em profusão durante suas reuniões, sem outras preocupações que não sejam as belas letras. "Afinal, não são imortais?!", argumentam.
A Academia, é verdade, enche (e deve encher) de orgulho os que conseguem ser guindados a ela por seus pares. Ninguém obtém ali alguma cadeira por mera simpatia, por riqueza ou posição social que ocupe. Consegue apenas por mérito. A eleição é conseqüência natural de muito e consistente trabalho intelectual e até de um certo consenso nos meios culturais da cidade quanto ao seu valor.
Porém, mais do que honraria, é missão. Implica em responsabilidade. Pressupõe continuidade de produção intelectual – poesia, romance, conto, crônica, teatro, ensaio ou seja que gênero for – por todos os dias da vida, até o momento de "ficar encantado", que é como Guimarães Rosa qualifica o momento da morte de um escritor.
O acadêmico só se torna imortal na medida em que imortalize a cultura de seu tempo e de sua comunidade. Porque a Academia é, acima de tudo e de qualquer coisa, a guardiã das tradições da cidade (ou do Estado ou do País, dependendo da sua natureza e abrangência).
No comments:
Post a Comment