Soneto à doce amada - LXXXIV
Pedro J. Bondaczuk
Que mistério infinito, sedução
tão doce é esta vida assaz azeda!
Mesmo vagando em meio à multidão,
findar só, nesta insólita vereda!
Numa infância infeliz e já distante
deixei meus sonhos, hoje feitos dores.
Sigo, inútil, pela estrada, hesitante,
de fracassos colhendo murchas flores...
Este vazio, esta claridade
que varrem, põem a nu, minha alma impura,
com seu frígido toque de verdade,
revelam que, encontra quem procura.
Um dia, amada, fonte de ternura,
hei de ser seu retalho de saudade.
(Soneto composto em Campinas, em 12 de janeiro de 1969).
Pedro J. Bondaczuk
Que mistério infinito, sedução
tão doce é esta vida assaz azeda!
Mesmo vagando em meio à multidão,
findar só, nesta insólita vereda!
Numa infância infeliz e já distante
deixei meus sonhos, hoje feitos dores.
Sigo, inútil, pela estrada, hesitante,
de fracassos colhendo murchas flores...
Este vazio, esta claridade
que varrem, põem a nu, minha alma impura,
com seu frígido toque de verdade,
revelam que, encontra quem procura.
Um dia, amada, fonte de ternura,
hei de ser seu retalho de saudade.
(Soneto composto em Campinas, em 12 de janeiro de 1969).
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