Soneto à doce amada - LXXXII
Pedro J. Bondaczuk
Saiba, amada, que o fluido tempo passa
velado e veloz, como o abstrato vento,
e sepulta emoções e o pensamento,
os risos, tristezas, o charme e a graça.
Tudo passa, pois nada é permanente,
esta é nossa única certeza,
e o tempo suprime toda a beleza
e, um dia, até, também suprime a gente.
Pouco importa a nossa perseverança,
defeitos ou nossa capacidade,
nossas virtudes e nossa esperança.
Glórias, riquezas, não têm validade
pois somos eternos só na lembrança,
vivemos pra sempre só na saudade.
(Soneto composto em Campinas em 17 de outubro de 1976).
Pedro J. Bondaczuk
Saiba, amada, que o fluido tempo passa
velado e veloz, como o abstrato vento,
e sepulta emoções e o pensamento,
os risos, tristezas, o charme e a graça.
Tudo passa, pois nada é permanente,
esta é nossa única certeza,
e o tempo suprime toda a beleza
e, um dia, até, também suprime a gente.
Pouco importa a nossa perseverança,
defeitos ou nossa capacidade,
nossas virtudes e nossa esperança.
Glórias, riquezas, não têm validade
pois somos eternos só na lembrança,
vivemos pra sempre só na saudade.
(Soneto composto em Campinas em 17 de outubro de 1976).
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