Saturday, August 14, 2010




Soneto à doce amada - LXXXIII

Pedro J. Bondaczuk

Quando o vento sibilino do tédio
despoja a árvore dos sonhos meus,
das folhas de alegrias, num adeus
definitivo, total, sem remédio;

quando o meu azul céu interior
cobre-se de nuvens de solidão,
de rancores isentos de perdão,
de falsidades e de desamor;

crio um céu com estrelas a brilhar,
mil astros luminosos de esperança
e até um porto de paz e bonança

eu sou apto e capaz de criar.
Você, doce amada, faz-me criança:
Sou poeta! Tenho fé! Sei amar!

(Soneto composto em Campinas, em 2 de novembro de 1967).

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