Sem nos darmos conta, a partir de determinado momento de nossas vidas, nos tornamos escravos do tempo, presos a horários e relógios, a compromissos que julgamos importantes e que, na verdade, pouco importam. Esquecemos do fundamental, que é viver, usufruir das delícias do amor, sem prazo ou compromisso e de privar do prazer de uma amizade sincera e sadia. Como se livrar disso? Pela embriaguez! Não de álcool, claro, mas de arte, de poesia, de bondade, de virtude e, sobretudo, de beleza, gozados com genuíno entusiasmo, com sincero prazer, sem atentar para horários, compromissos marcados ou relógios. Charles Baudelaire dá o seguinte conselho, no poema “Embriagai-vos”, do livro “Pequenos versos em prosa”: “Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor”. Não aceitemos a escravidão do tempo!
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