Saibamos construir pontes de estrelas (em vez de muros de pedras) que nos conduzam à casa da pessoa que amamos, mesmo que esta não corresponda ao amor que lhe dedicamos. Façamos o mesmo em relação às amizades que prezamos. Busquemos o que temos em comum, para aprofundar e expandir, e esqueçamos diferenças e divergências que nos separem. Dessa forma, teremos chances de conquistar os mais empedernidos e aparentemente refratários corações e nos completar, através da magia do amor ou da mística da amizade. Meu poeta predileto, Mário Quintana, escreveu este poema minimalista, intitulado “Na volta da esquina”: “Atenção: o luar está filmando.../Uma senhora gorda, com um chapéu de plumas./Noite alta, um bêbado passa cantando./Se me amasses.../Entre a minha casa e a tua há uma ponte de estrelas”. Entre a minha e a tua também há, querida amiga virtual, que possibilita a consolidação da nossa amizade.
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