Pedro J. Bondaczuk
Esta cidade, que tanto amo, que me acolheu, um dia, com generosidade e respeito, de braços abertos, completa, hoje, 234 anos de fundação. Aniversaria, porém, não fazendo festa (o que seria mais do que justo), mas... trabalhando. Construindo, no presente, um futuro grandioso para todos os seus filhos (naturais ou adotivos, como é o meu caso), sobretudo para as futuras gerações.
Campinas não parou, nesta data, para glorificar os feitos dos pioneiros que a fundaram e a transformaram neste magnífico centro de cultura, de tecnologia e de geração de riquezas que é. Segue trabalhando, mais e mais, para poder acolher condignamente às centenas de famílias que para cá continuam chegando, de todas as partes do País, ou que planejam vir para a cidade com o sonho de construir, aqui, seus melhores projetos de vida. Tanto é verdade, que este 14 de julho (como os demais) sequer é feriado municipal.
Parodiando o velho slogan de São Paulo, a “Campinas de hoje, do século XXI, não pode parar”. Nunca pára. Jamais parou!. Mas nem por isso sua população esquece suas origens e a fé que moveu aqueles pioneiros visionários de 1774, liderados pelo bandeirante Francisco Barreto Leme, justamente cultuados em nossa memória e alçados como exemplos, para que no nosso cotidiano, às vezes amargo e frustrante, tenhamos idêntica determinação, na árdua conquista dos nossos propósitos.
O trabalho é a melhor forma de homenagem que lhes poderíamos prestar. Afinal, são eles, esses nobres antepassados, nossos inspiradores, que nos mobilizam na construção de uma sociedade moderna e minimamente justa, dotada de tudo o quanto a tecnologia proporciona para tornar mais fácil a vida das pessoas, mas sem jamais perder de vista que o homem, o cidadão, o indivíduo, é, e sempre deve ser, o sujeito e o destinatário das nossas ações.
Ninguém deve, e nem pode, ser despido da sua dignidade, da sua grandeza, da sua humanidade, da transcendência de um ser com “a imagem e a semelhança” de Deus – qualquer que seja sua origem, crença, fortuna ou condição social – nem ser transformado em escravo das próprias (e de alheias) ambições, sob qualquer pretexto.
É por isso que a cidade jamais descansa. Busca, a todo o custo, prover recursos para investir, sobretudo, no homem. Ou seja, para proporcionar educação às suas crianças e jovens. Para assegurar saúde, segurança e promoção social a todos os campineiros. Para dar perspectiva de um futuro promissor à totalidade dos seus filhos.
O campineiro antecipa-se no tempo. Queima etapas. Trabalha duro no presente, para que não venhamos a ser atropelados pelos acontecimentos, sempre ilógicos e frutos do acaso, no amanhã e não nos tornemos nova e caótica Babel, em que cada um fale linguagem diferente, como na mítica cidade bíblica, defendendo, apenas, egoísticos interesses pessoais, em detrimento da coletividade.
Há, evidentemente, no País, comunidades urbanas de porte maior do que a nossa (poucas, é verdade), cujo crescimento e índices de desenvolvimento são mais elevados do que os daqui. Mas elas devem servir de exemplo (em sua maioria, salvo raras e honrosas exceções) justamente do que Campinas não pode e nem deve fazer.
Por que? Simples! A maioria dessas metrópoles não conseguiu se adaptar aos processos migratórios desordenados, verificados em todo o Brasil a partir de quando começou a nossa fase de industrialização, no final dos anos 50. Hoje, pagam caro por sua omissão. Incharam, não se preveniram, não se desenvolveram no aspecto humano, e agora arcam com duríssimas conseqüências por isso. Acumulam problemas de toda a sorte e de extrema complexidade. Têm que recuperar décadas de tempo perdido o que, convenhamos, é tarefa quase inviável num País carente e ainda tão injusto, como o nosso.
Campinas, todavia, enfrenta, satisfatoriamente, essa situação. Com esforços inauditos das autoridades e da população, gera os próprios recursos, quando possível, ou vale-se de empréstimos e de financiamentos, quando não, para evitar esse mesmo inchaço, desordenado e caótico, das demais metrópoles brasileiras. Procura, por exemplo, dotar os novos bairros – que surgem, em profusão, da noite para o dia – com, pelo menos, os equipamentos urbanos indispensáveis à saúde e à segurança dos moradores, para que não venham a se transformar em favelas, em gigantescas ilhas de miséria e de violência, como ocorreu em outros lugares. Investe, sobretudo, em saneamento básico, setor em que hoje é modelo para todo o Brasil.
A cidade mobiliza-se, também, para providenciar escolas a esses adventícios. Para fornecer transportes coletivos de boa qualidade para os novos moradores da sua periferia. Para oferecer creches às suas crianças. E não se descuida, nem mesmo, do lazer. Enfim, busca tratá-los como seres humanos que são, em sua dignidade e grandeza, e nunca como meros e frios números estatísticos.
Nesta tarefa gigantesca e modelar, as autoridades não devem, e nem podem, lutar sozinhas. E nem lutam. É um esforço coletivo que nos envolve a todos, numa corrente de solidariedade e de civismo. E esse empenho conjunto não pode esmorecer e, principalmente, nunca cessar, para que, quando completarmos o nosso 250º aniversário, em 14 de julho de 2024, possamos olhar para trás, cônscios de termos cumprido nosso dever e sentir o mesmo imenso orgulho que sentimos hoje dessa nossa vibrante e progressista cidade. É por isso que Campinas não pode parar. E nunca vai!
Esta cidade, que tanto amo, que me acolheu, um dia, com generosidade e respeito, de braços abertos, completa, hoje, 234 anos de fundação. Aniversaria, porém, não fazendo festa (o que seria mais do que justo), mas... trabalhando. Construindo, no presente, um futuro grandioso para todos os seus filhos (naturais ou adotivos, como é o meu caso), sobretudo para as futuras gerações.
Campinas não parou, nesta data, para glorificar os feitos dos pioneiros que a fundaram e a transformaram neste magnífico centro de cultura, de tecnologia e de geração de riquezas que é. Segue trabalhando, mais e mais, para poder acolher condignamente às centenas de famílias que para cá continuam chegando, de todas as partes do País, ou que planejam vir para a cidade com o sonho de construir, aqui, seus melhores projetos de vida. Tanto é verdade, que este 14 de julho (como os demais) sequer é feriado municipal.
Parodiando o velho slogan de São Paulo, a “Campinas de hoje, do século XXI, não pode parar”. Nunca pára. Jamais parou!. Mas nem por isso sua população esquece suas origens e a fé que moveu aqueles pioneiros visionários de 1774, liderados pelo bandeirante Francisco Barreto Leme, justamente cultuados em nossa memória e alçados como exemplos, para que no nosso cotidiano, às vezes amargo e frustrante, tenhamos idêntica determinação, na árdua conquista dos nossos propósitos.
O trabalho é a melhor forma de homenagem que lhes poderíamos prestar. Afinal, são eles, esses nobres antepassados, nossos inspiradores, que nos mobilizam na construção de uma sociedade moderna e minimamente justa, dotada de tudo o quanto a tecnologia proporciona para tornar mais fácil a vida das pessoas, mas sem jamais perder de vista que o homem, o cidadão, o indivíduo, é, e sempre deve ser, o sujeito e o destinatário das nossas ações.
Ninguém deve, e nem pode, ser despido da sua dignidade, da sua grandeza, da sua humanidade, da transcendência de um ser com “a imagem e a semelhança” de Deus – qualquer que seja sua origem, crença, fortuna ou condição social – nem ser transformado em escravo das próprias (e de alheias) ambições, sob qualquer pretexto.
É por isso que a cidade jamais descansa. Busca, a todo o custo, prover recursos para investir, sobretudo, no homem. Ou seja, para proporcionar educação às suas crianças e jovens. Para assegurar saúde, segurança e promoção social a todos os campineiros. Para dar perspectiva de um futuro promissor à totalidade dos seus filhos.
O campineiro antecipa-se no tempo. Queima etapas. Trabalha duro no presente, para que não venhamos a ser atropelados pelos acontecimentos, sempre ilógicos e frutos do acaso, no amanhã e não nos tornemos nova e caótica Babel, em que cada um fale linguagem diferente, como na mítica cidade bíblica, defendendo, apenas, egoísticos interesses pessoais, em detrimento da coletividade.
Há, evidentemente, no País, comunidades urbanas de porte maior do que a nossa (poucas, é verdade), cujo crescimento e índices de desenvolvimento são mais elevados do que os daqui. Mas elas devem servir de exemplo (em sua maioria, salvo raras e honrosas exceções) justamente do que Campinas não pode e nem deve fazer.
Por que? Simples! A maioria dessas metrópoles não conseguiu se adaptar aos processos migratórios desordenados, verificados em todo o Brasil a partir de quando começou a nossa fase de industrialização, no final dos anos 50. Hoje, pagam caro por sua omissão. Incharam, não se preveniram, não se desenvolveram no aspecto humano, e agora arcam com duríssimas conseqüências por isso. Acumulam problemas de toda a sorte e de extrema complexidade. Têm que recuperar décadas de tempo perdido o que, convenhamos, é tarefa quase inviável num País carente e ainda tão injusto, como o nosso.
Campinas, todavia, enfrenta, satisfatoriamente, essa situação. Com esforços inauditos das autoridades e da população, gera os próprios recursos, quando possível, ou vale-se de empréstimos e de financiamentos, quando não, para evitar esse mesmo inchaço, desordenado e caótico, das demais metrópoles brasileiras. Procura, por exemplo, dotar os novos bairros – que surgem, em profusão, da noite para o dia – com, pelo menos, os equipamentos urbanos indispensáveis à saúde e à segurança dos moradores, para que não venham a se transformar em favelas, em gigantescas ilhas de miséria e de violência, como ocorreu em outros lugares. Investe, sobretudo, em saneamento básico, setor em que hoje é modelo para todo o Brasil.
A cidade mobiliza-se, também, para providenciar escolas a esses adventícios. Para fornecer transportes coletivos de boa qualidade para os novos moradores da sua periferia. Para oferecer creches às suas crianças. E não se descuida, nem mesmo, do lazer. Enfim, busca tratá-los como seres humanos que são, em sua dignidade e grandeza, e nunca como meros e frios números estatísticos.
Nesta tarefa gigantesca e modelar, as autoridades não devem, e nem podem, lutar sozinhas. E nem lutam. É um esforço coletivo que nos envolve a todos, numa corrente de solidariedade e de civismo. E esse empenho conjunto não pode esmorecer e, principalmente, nunca cessar, para que, quando completarmos o nosso 250º aniversário, em 14 de julho de 2024, possamos olhar para trás, cônscios de termos cumprido nosso dever e sentir o mesmo imenso orgulho que sentimos hoje dessa nossa vibrante e progressista cidade. É por isso que Campinas não pode parar. E nunca vai!
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