Manifestar excesso de modéstia para agradar alguém deixa de ser virtude. Torna-se defeito. Significa timidez ou hipocrisia. Muitas vezes, para satisfazer a vaidade alheia, escondemos o que de fato somos, para que nosso interlocutor se sinta igual ou superior a nós. Pensamos que, dessa forma, estamos agradando essa pessoa. O poeta dinamarquês Piet Hein (um mito em seu país) traça a seguinte analogia a propósito: “Se o dente-de-leão não fosse tão solícito, generoso e fértil, tenho certeza de que seria a flor mais valiosa e apreciada do mundo, porque é tão bela, tão otimista, tão simples, tão radiosa! É infelizmente muito comum o mesmo engano na avaliação das pessoas humanas. É uma atitude generalizada a pessoa conter sua generosidade, fertilidade, imaginação, capacidade de invenção e poder criador, a fim de ser mais apreciada”. Mostremos sempre, pois, o que somos, em qualquer circunstância ou lugar.
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