A pessoa apaixonada opera maravilhas, caso, de fato queira. Surpreende-se com a força que adquire, que lhe permite superar limitações. A paixão opera milagres e, sem nenhum exagero, nos leva a remover montanhas.. Hélio Pellegrino publicou, em 1983, deliciosa crônica a respeito, intitulada “Apologia da dor de dente”, em que diz: “Ao apaixonado, costuma-se conferir folgada autonomia, com respeito às inúmeras contingências que limitam a condição humana. Ao sopro da paixão, viaja ele pelos espaços infinitos, ‘capaz de ouvir e de entender as estrelas’ e demais substantivos celestes. A paixão – tanto quanto a fé – remove montanhas. Ela é capaz de operar milagres e, nesta medida, testemunha, de maneira irrefutável, da existência deles. A paixão é a derrota da burocracia, o subjugamento da mesmice, a superação da rotina. Ela é vôo, liberdade, transporte, êxtase”. Lindo, não é? Lindo e verdadeiro!
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