Tuesday, July 08, 2008

REFLEXÃO DO DIA


Nada no mundo é mais amargo e doloroso do que o drama de um amor que chega ao fim. É uma situação conflitante em que sempre alguém sai ferido. Dói demais, por exemplo, ver que os beijos, as carícias e as palavras meigas e deliciosas que nos eram destinadas, têm por alvo, agora, outra pessoa. Não se pode nunca afirmar, é verdade, que se trate de situação sem volta. O amor perdido pode ser recuperado, mas as marcas dessa eventual separação não desaparecem. Permanecem para sempre a envenenar o relacionamento que, dificilmente, voltará a ser o mesmo.. Pablo Neruda trata dessa situação, nestes versos do seu poema “Amor e esquecimento”: “Já não a quero, é certo, mas quando/a quis, minha voz buscava o vento/para tocar seu ouvido./De outro, será de outro, como antes dos meus beijos,/sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos./Já não a quero, é certo, mas talvez a queira./É tão curto o amor e é tão grande o esquecimento!”.

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