É possível fazermos da vida uma obra de arte, perfeita e de extraordinária beleza, que cause admiração e desejo de imitação? Entendo que sim! Algumas pessoas (raríssimas) viveram com intensidade e espalharam, por onde passaram, palavras e principalmente atos de bondade, alegria, solidariedade e amor. E, quando morreram, constituíram-se em irreparáveis perdas para a humanidade. É até desnecessário citar exemplos, pois não há nenhuma pessoa bem-informada que não os conheça. Mas a “regra”, infelizmente, não é esta. É a arte ser bela, por se tratar de mera idealização da perfeição, e a vida ser feia, por causa da objetividade que precisamos ter para assegurar a sobrevivência física. Fernando Pessoa tratou desse tema com objetividade e chegou a esta conclusão que, infelizmente, reflete uma grande verdade: “Por que é bela a arte? Porque é inútil. Por que é feia a vida? Porque é toda fins e propósitos e intenções”.
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