O mundo tem tanta coisa sublime e grandiosa a ser contemplada (concreta ou abstrata não importa) e a vida é tão curta e passageira, que não podemos nos deter um só instante à beira do caminho para expressar euforia ou desencanto. Não podemos perder tempo. Compete-nos sempre seguir, avançar, observar, procurar e colecionar fatos, sem nos determos jamais. Feriremos, é certo, os pés em pedras pontiagudas e as mãos nos espinhos que protegem as flores. Mas só seguindo nosso caminho, sem desânimo, atingiremos a magnífica alvorada de luz. E justificaremos nossas vidas. O genial poeta alemão, Johann Wolfgang Göethe, faz esta belíssima exortação em seu poema “Elegia”: “Abandonai-me aqui, meus fiéis companheiros!/Deixai-me ao pé do precipício, entre o pântano e o musgo;/segui o vosso caminho! Olhai o mundo aberto,/imensa terra, o céu sublime e grande,/observai, procurai, colecionai os fatos,/balbuciai o mistério da natureza”.
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