Pedro J. Bondaczuk
A luz, em intensidade adequada, e o calor, na medida certa, são essenciais para a vida, assim como a conhecemos. Esse fenômeno maravilhoso, que pode ser classificado como “milagre”, dada sua raridade no Sistema Solar, só foi possível surgir, se manter e progredir por aqui em virtude da existência de condições ideais para isso. A principal (ou uma das principais) é a posição da Terra em relação ao Sol: nem perto demais (o que a esterilizaria, como são os casos de Mercúrio e de Vênus) e nem distante demais (o que a congelaria), como ocorre nos demais planetas da nossa família planetária a partir de Marte.
A vida consiste, por outro lado, em uma contínua descoberta, do berço à tumba, desde o nascimento até a morte. A partir do útero materno, quando nosso sistema nervoso e, por conseqüência, o cérebro, estão formados, já temos consciência, embora sem possibilidades de externar esse conhecimento, de que existimos e nos encontramos em um ambiente muito bem-protegido e acolhedor. Pelo menos é o que dizem os especialistas.
Aliás, isto é possível de se comprovar, mediante o processo da regressão. Tudo o que nos ocorreu, desde que o sistema nervoso e sua “estação controladora”, o cérebro, se formaram, está gravado em nosso inconsciente. Às vezes é possível trazer essas informações à tona. Em outras... ainda não. Mas elas existem, estão ali e só se destroem com a nossa morte.
Essa “descoberta” intra-uterina é a primeira de uma sucessão que cada indivíduo terá no correr de sua existência, de acordo com sua realidade e sua personalidade. E ao morrer, descobrirá o quanto foram tolos os dogmas e valores aos quais se aferrou. Mas então já será tarde...
Há quem (secretamente) tema a verdade, por receio de descobrir coisas a próprio respeito que o envergonhem e diminuam. Tolice! Apenas conhecendo, em profundidade, o que somos e onde podemos chegar, teremos condições de promover nossa evolução (material e, principalmente, espiritual).
Não podemos agir como uma criança, que tem medo da escuridão. No caso dela, o temor até se explica: é instintivo. Mas temermos a luz, que exponha o que, de fato, somos, é atitude tola, senão trágica. Temos que nos aceitar, mas agir concretamente no sentido de contínua melhoria, principalmente da correção dos defeitos. E esta só nos pode ser proporcionada pelo conhecimento exato, pela farta informação e pelo máximo saber.
Foi para isso que Deus nos dotou de razão. Concedeu-nos, também, todavia, o livre-arbítrio. Cabe-nos, pois, buscar ou fugir da luz, mas arcar com as conseqüências dessa opção. A primeira atitude é, obviamente, sensata e sábia. A segunda é tolice, tentativa vã e inútil de fugirmos de nós mesmos e das nossas verdades. Já na Antigüidade grega Platão constatava: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”. Essa fuga, portanto, é uma atitude imperdoável.
A luz do conhecimento tem lá os seus riscos, claro. É preciso, sobretudo, saber utilizá-lo em sentido construtivo, jamais como arma de destruição. O ser humano, por exemplo, conquistou o átomo, embora não tenha feito sempre o melhor uso dessa ciência. Descobriu e mapeou os códigos genéticos, responsáveis pelas características de todos os seres. Aprendeu a duplicar animais e vegetais.
O casal primitivo, como se v:ê, metaforicamente, desobedeceu o Criador e comeu o fruto da Árvore do Bem e do Mal, como se vê. Perdeu a inocência original, embora conquistasse o potencial de saber de tudo. Ou quase tudo. Só um conhecimento, e para o seu próprio bem, lhe foi vedado e para sempre: O do mistério da essência da vida. Caso o conhecesse, provavelmente conduziria à extinção da espécie (o que o homem pode fazer, mediante mau uso dos segredos do átomo)..
Algumas verdades, pré-existentes, mas que por alguma razão, não conseguimos alcançar em determinado período da nossa trajetória vital, de repente, emergem diante de nós, se desnudam aos nossos olhos e se revelam à nossa consciência. Muitas são óbvias, mas encaramo-las dessa maneira apenas depois da revelação. Esta, em geral, ocorre com a aquisição da experiência, resultado de muitos anos de empirismo, de sucessivas tentativas e erros. Torna-se, para nós, também uma descoberta.
Não há, pois, outro caminho para se chegar ao “topo da montanha” senão o da busca, e não da fuga da luz. A única estratégia cabível é a de valorizar o que a pessoa é e o que já conquistou. Ou seja, é o auto-conhecimento. É a informação precisa sobre todos e sobre tudo. É o estímulo à criatividade.
Mas é preciso ter ambição e querer sempre mais, sem medir esforços para a obtenção do que se deseja (desde que, óbvio, seja lícito e não fira direitos alheios). É necessário querer o máximo para se obter o mínimo. Os objetivos, todavia, têm que ser factíveis, mesmo que minimamente. É inútil correr atrás de sombras, de fantasmas, de miragens e de fantasias que se desfazem, tão logo se chega perto. “Realismo”, é a palavra-chave. E a busca incessante da luz.
A luz, em intensidade adequada, e o calor, na medida certa, são essenciais para a vida, assim como a conhecemos. Esse fenômeno maravilhoso, que pode ser classificado como “milagre”, dada sua raridade no Sistema Solar, só foi possível surgir, se manter e progredir por aqui em virtude da existência de condições ideais para isso. A principal (ou uma das principais) é a posição da Terra em relação ao Sol: nem perto demais (o que a esterilizaria, como são os casos de Mercúrio e de Vênus) e nem distante demais (o que a congelaria), como ocorre nos demais planetas da nossa família planetária a partir de Marte.
A vida consiste, por outro lado, em uma contínua descoberta, do berço à tumba, desde o nascimento até a morte. A partir do útero materno, quando nosso sistema nervoso e, por conseqüência, o cérebro, estão formados, já temos consciência, embora sem possibilidades de externar esse conhecimento, de que existimos e nos encontramos em um ambiente muito bem-protegido e acolhedor. Pelo menos é o que dizem os especialistas.
Aliás, isto é possível de se comprovar, mediante o processo da regressão. Tudo o que nos ocorreu, desde que o sistema nervoso e sua “estação controladora”, o cérebro, se formaram, está gravado em nosso inconsciente. Às vezes é possível trazer essas informações à tona. Em outras... ainda não. Mas elas existem, estão ali e só se destroem com a nossa morte.
Essa “descoberta” intra-uterina é a primeira de uma sucessão que cada indivíduo terá no correr de sua existência, de acordo com sua realidade e sua personalidade. E ao morrer, descobrirá o quanto foram tolos os dogmas e valores aos quais se aferrou. Mas então já será tarde...
Há quem (secretamente) tema a verdade, por receio de descobrir coisas a próprio respeito que o envergonhem e diminuam. Tolice! Apenas conhecendo, em profundidade, o que somos e onde podemos chegar, teremos condições de promover nossa evolução (material e, principalmente, espiritual).
Não podemos agir como uma criança, que tem medo da escuridão. No caso dela, o temor até se explica: é instintivo. Mas temermos a luz, que exponha o que, de fato, somos, é atitude tola, senão trágica. Temos que nos aceitar, mas agir concretamente no sentido de contínua melhoria, principalmente da correção dos defeitos. E esta só nos pode ser proporcionada pelo conhecimento exato, pela farta informação e pelo máximo saber.
Foi para isso que Deus nos dotou de razão. Concedeu-nos, também, todavia, o livre-arbítrio. Cabe-nos, pois, buscar ou fugir da luz, mas arcar com as conseqüências dessa opção. A primeira atitude é, obviamente, sensata e sábia. A segunda é tolice, tentativa vã e inútil de fugirmos de nós mesmos e das nossas verdades. Já na Antigüidade grega Platão constatava: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”. Essa fuga, portanto, é uma atitude imperdoável.
A luz do conhecimento tem lá os seus riscos, claro. É preciso, sobretudo, saber utilizá-lo em sentido construtivo, jamais como arma de destruição. O ser humano, por exemplo, conquistou o átomo, embora não tenha feito sempre o melhor uso dessa ciência. Descobriu e mapeou os códigos genéticos, responsáveis pelas características de todos os seres. Aprendeu a duplicar animais e vegetais.
O casal primitivo, como se v:ê, metaforicamente, desobedeceu o Criador e comeu o fruto da Árvore do Bem e do Mal, como se vê. Perdeu a inocência original, embora conquistasse o potencial de saber de tudo. Ou quase tudo. Só um conhecimento, e para o seu próprio bem, lhe foi vedado e para sempre: O do mistério da essência da vida. Caso o conhecesse, provavelmente conduziria à extinção da espécie (o que o homem pode fazer, mediante mau uso dos segredos do átomo)..
Algumas verdades, pré-existentes, mas que por alguma razão, não conseguimos alcançar em determinado período da nossa trajetória vital, de repente, emergem diante de nós, se desnudam aos nossos olhos e se revelam à nossa consciência. Muitas são óbvias, mas encaramo-las dessa maneira apenas depois da revelação. Esta, em geral, ocorre com a aquisição da experiência, resultado de muitos anos de empirismo, de sucessivas tentativas e erros. Torna-se, para nós, também uma descoberta.
Não há, pois, outro caminho para se chegar ao “topo da montanha” senão o da busca, e não da fuga da luz. A única estratégia cabível é a de valorizar o que a pessoa é e o que já conquistou. Ou seja, é o auto-conhecimento. É a informação precisa sobre todos e sobre tudo. É o estímulo à criatividade.
Mas é preciso ter ambição e querer sempre mais, sem medir esforços para a obtenção do que se deseja (desde que, óbvio, seja lícito e não fira direitos alheios). É necessário querer o máximo para se obter o mínimo. Os objetivos, todavia, têm que ser factíveis, mesmo que minimamente. É inútil correr atrás de sombras, de fantasmas, de miragens e de fantasias que se desfazem, tão logo se chega perto. “Realismo”, é a palavra-chave. E a busca incessante da luz.
2 comments:
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Olá Sr. Pedro, venho lhe parabenizar pelo seu blog, gostei dos textos que eu li, fantásticos e instigantes como também informativos.
Por ter gostado muito do seu texto em especial o "Medo da Luz" me atrevi e publiquei-o em meu blog "A Arte em Fazer Alguma Coisa...", mas dei todo o crédito ao Sr. e como fonte o seu blog. Caso o Sr. não goste e queira que eu retire, o faço tristemente.
O meu blog refere-se um pouco do meu "mundo", o que eu leio, vejo, ouço de interessante e compartilho com quem interessar.
Desde já agradeço pelo seu talento para nosso engrandecimento.
Abraço.
André Ribeiro
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