Pedro J. Bondaczuk
A vida é muito mais breve do que desejamos. Apenas nossas boas obras (se as tivermos) podem nos sobreviver e permanecer na memória das gerações. Para que isso aconteça, porém, não basta que o que fizermos seja útil, inovador ou original. É necessário que seja conhecido e valorizado. Isso só será possível se nos doarmos ao próximo. Se entendermos que sozinhos não somos ninguém e pouco (ou nada) podemos, pois não passamos de um elo de uma corrente. Se um só deles for frágil e frouxo, esta, fatalmente, se romperá.
Somos uma das tantas pedras de uma catedral. Parece função pequena, mas não é. Afinal, se uma delas, qualquer que seja, ceder, todo o edifício haverá de vir abaixo, de ruir fragorosamente. O espírito, essa nossa porção misteriosa e imaterial, que nos anima e dá vida, ao contrário do seu invólucro de carne, o corpo, nunca envelhece. Mantém o viço e o frescor enquanto vivermos.
Claro que, inadvertidamente, podemos até matá-lo prematuramente. Muitos o fazem. Mas não há idade para a elaboração de nossas obras e a conquista de nossos ideais. Compete-nos alimentar nosso espírito com boas idéias e nobres sentimentos e iluminá-lo com a beleza. Em vez de permitir que se envenene com ressentimentos, cobiça, inveja e outras tantas coisas mesquinhas e destrutivas, devemos nutri-lo com bons livros, boa música, amizades sinceras e um grande e indestrutível amor. E, sobretudo, de beleza.
Dessa forma, nosso espírito conservará, sempre, o viço da juventude, quando o corpo mostrar inequívocos sintomas de decadência. O futuro é o que ainda não existe, certo? Errado! Nem sempre é assim. Não, pelo menos, em relação ao segundo seguinte ao que estamos vivendo. É conseqüência do que fizemos no passado e do que estivermos fazendo agora. Não surge, como por encanto, do nada.
Nosso futuro estamos construindo a cada momento, mediante atos, empenho e predisposição do espírito. Se perdermos tempo com temores exacerbados, inúteis lamentações e manifestações de pessimismo e mau-humor, que nos levam, somente, a evitáveis sofrimentos, quando ele chegar, num piscar de olhos, será estéril, sem que tenhamos feito nada de útil e proveitoso para nós e para a espécie.
O que você terá, pois, no futuro imediato, será conseqüência do que estiver elaborando agora, neste preciso instante. Há muitos equívocos que cometemos, não raro sem nos darmos conta, em relação ao tempo. Alguns acham, por exemplo, que podem desperdiçá-lo impunemente e que as horas perdidas no ócio e em atividades inúteis e improdutivas, poderão ser recuperadas. Estão enganados. Outros entendem que só podem aproveitá-lo trabalhando. Outro erro!
A vida não consiste, apenas, de trabalho. Podemos aproveitar muito bem o tempo gozando de lazer, desde que este seja sadio e construtivo. Quando lemos um bom livro, assistimos a um bom filme ou a uma peça bem-escrita e bem-encenada, ou quando ouvimos uma boa música, entre tantas outras coisas boas que nos dão prazer, não estamos jogando preciosas horas fora. Estamos, na verdade, “vivendo” o tempo.
Perdemo-lo quando nos limitamos a lamentar o que não somos, não temos ou não fizemos, a dizer maledicências, ou a alimentar conflitos. Porque, a rigor, como Afonso Arinos adverte: “Domar o tempo não é matá-lo: é vivê-lo”. É isso que nos compete fazer. Ou seja, vivê-lo com intensidade e prazer.
Reitero que o espírito não envelhece. Nós é que, muitas vezes, o envenenamos, o enfraquecemos, o paralisamos com a inércia, a preguiça, o pessimismo e o mau-humor. Não raro, “jogamos a toalha”, prematuramente, por causa da fragilidade do nosso corpo e nos tornamos um peso morto, tanto para a família, quanto para nós mesmos e para a sociedade, justamente no momento que poderíamos mais produzir, mais contribuir, mais brilhar, contando com o fator “experiência”.
O escritor checo, Franz Kafka, nos dá a fórmula do “elixir da eterna juventude” espiritual. Constata, em um de seus textos (não me recordo qual): “Quem possui a faculdade de ver a beleza não envelhece”. Algumas pessoas idosas recorrem a inúmeros pretextos para justificar sua inércia, todos furados. O principal é o de que, após muitos e muitos anos de batalha, merecem um descanso. Mas descansar! Ora, ora, ora! Para quê, enquanto estivermos vivos?! Para isso, teremos a eternidade!
A vida é muito mais breve do que desejamos. Apenas nossas boas obras (se as tivermos) podem nos sobreviver e permanecer na memória das gerações. Para que isso aconteça, porém, não basta que o que fizermos seja útil, inovador ou original. É necessário que seja conhecido e valorizado. Isso só será possível se nos doarmos ao próximo. Se entendermos que sozinhos não somos ninguém e pouco (ou nada) podemos, pois não passamos de um elo de uma corrente. Se um só deles for frágil e frouxo, esta, fatalmente, se romperá.
Somos uma das tantas pedras de uma catedral. Parece função pequena, mas não é. Afinal, se uma delas, qualquer que seja, ceder, todo o edifício haverá de vir abaixo, de ruir fragorosamente. O espírito, essa nossa porção misteriosa e imaterial, que nos anima e dá vida, ao contrário do seu invólucro de carne, o corpo, nunca envelhece. Mantém o viço e o frescor enquanto vivermos.
Claro que, inadvertidamente, podemos até matá-lo prematuramente. Muitos o fazem. Mas não há idade para a elaboração de nossas obras e a conquista de nossos ideais. Compete-nos alimentar nosso espírito com boas idéias e nobres sentimentos e iluminá-lo com a beleza. Em vez de permitir que se envenene com ressentimentos, cobiça, inveja e outras tantas coisas mesquinhas e destrutivas, devemos nutri-lo com bons livros, boa música, amizades sinceras e um grande e indestrutível amor. E, sobretudo, de beleza.
Dessa forma, nosso espírito conservará, sempre, o viço da juventude, quando o corpo mostrar inequívocos sintomas de decadência. O futuro é o que ainda não existe, certo? Errado! Nem sempre é assim. Não, pelo menos, em relação ao segundo seguinte ao que estamos vivendo. É conseqüência do que fizemos no passado e do que estivermos fazendo agora. Não surge, como por encanto, do nada.
Nosso futuro estamos construindo a cada momento, mediante atos, empenho e predisposição do espírito. Se perdermos tempo com temores exacerbados, inúteis lamentações e manifestações de pessimismo e mau-humor, que nos levam, somente, a evitáveis sofrimentos, quando ele chegar, num piscar de olhos, será estéril, sem que tenhamos feito nada de útil e proveitoso para nós e para a espécie.
O que você terá, pois, no futuro imediato, será conseqüência do que estiver elaborando agora, neste preciso instante. Há muitos equívocos que cometemos, não raro sem nos darmos conta, em relação ao tempo. Alguns acham, por exemplo, que podem desperdiçá-lo impunemente e que as horas perdidas no ócio e em atividades inúteis e improdutivas, poderão ser recuperadas. Estão enganados. Outros entendem que só podem aproveitá-lo trabalhando. Outro erro!
A vida não consiste, apenas, de trabalho. Podemos aproveitar muito bem o tempo gozando de lazer, desde que este seja sadio e construtivo. Quando lemos um bom livro, assistimos a um bom filme ou a uma peça bem-escrita e bem-encenada, ou quando ouvimos uma boa música, entre tantas outras coisas boas que nos dão prazer, não estamos jogando preciosas horas fora. Estamos, na verdade, “vivendo” o tempo.
Perdemo-lo quando nos limitamos a lamentar o que não somos, não temos ou não fizemos, a dizer maledicências, ou a alimentar conflitos. Porque, a rigor, como Afonso Arinos adverte: “Domar o tempo não é matá-lo: é vivê-lo”. É isso que nos compete fazer. Ou seja, vivê-lo com intensidade e prazer.
Reitero que o espírito não envelhece. Nós é que, muitas vezes, o envenenamos, o enfraquecemos, o paralisamos com a inércia, a preguiça, o pessimismo e o mau-humor. Não raro, “jogamos a toalha”, prematuramente, por causa da fragilidade do nosso corpo e nos tornamos um peso morto, tanto para a família, quanto para nós mesmos e para a sociedade, justamente no momento que poderíamos mais produzir, mais contribuir, mais brilhar, contando com o fator “experiência”.
O escritor checo, Franz Kafka, nos dá a fórmula do “elixir da eterna juventude” espiritual. Constata, em um de seus textos (não me recordo qual): “Quem possui a faculdade de ver a beleza não envelhece”. Algumas pessoas idosas recorrem a inúmeros pretextos para justificar sua inércia, todos furados. O principal é o de que, após muitos e muitos anos de batalha, merecem um descanso. Mas descansar! Ora, ora, ora! Para quê, enquanto estivermos vivos?! Para isso, teremos a eternidade!
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