O amor entre um homem e uma mulher, por mais profundo e desinteressado que seja, só sobrevive e se realiza se é correspondido. Trata-se de maravilhosa sinfonia, mas que exige, sempre, um dueto, jamais um solo, para existir com beleza e transcendência. Sua sobrevivência, crescimento e perpetuação é tarefa a dois. É um aprendizado constante e ininterrupto. Se o amor não existir, o desejo que aproxima duas pessoas logo esfria e se desvanece. E a paixão, que nasce súbita e explosiva, desaparece, com a mesma intensidade e rapidez, por não fincar raízes no coração dos parceiros. É, pois, tarefa não de um dia, um mês ou um ano, mas de uma vida inteira. Affonso Romano de Sant’Anna nos lembra, com pertinência: “Amor é uma tarefa a dois e um aprendizado ininterrupto. É ele que dá sentido ao desejo e enraíza a paixão”. É, sobretudo, partilha espontânea de corpos, almas, objetivos e destinos. E sempre em absoluto pé de igualdade.
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