Sunday, October 21, 2007

REFLEXÃO DO DIA


Leio, agora, longo e belíssimo poema de Ruth Silvia de Miranda Salles, intitulado “Retrato”, do seu livro “Sem Símbolos Nenhuns” e que se presta a caráter a profunda reflexão. Os três primeiros versos, por exemplo, refletem grande verdade, de que quase nunca nos damos conta. Dizem: “Ah, Senhor, por que não sermos/amados pelo que somos,/e sim pelo que nos sonham?”. E não é isso o que ocorre, na maioria dos casos, ao longo da nossa vida?! Nunca, ou quase nunca, somos amados pelo que realmente somos. Nossos verdadeiros méritos, em geral, ficam encobertos aos olhos de quem gostaríamos que os vissem. Em contrapartida, nossas virtudes, via de regra, são tidas, até, como defeitos e vice-versa. Quando a verdade vem à tona... quanta decepção! Amam-nos (salvo raríssimas exceções) pelo que sonham que sejamos, não pelo que de fato somos. Por isso, tantas amarguras, tamanhos desencontros e tão grande fartura de infelicidade!

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