Para realizarmos obras de valor, sejam de que natureza e dimensão forem, temos que aliar à técnica, à competência e ao raciocínio imensa dose de paixão, no sentido mais elevado do termo. Precisamos colocar nossa “alma” no empreendimento, quer se trate de elaborar um objeto, quer seja para compor um poema, criar uma filosofia ou instruir uma criança. O poeta Paulo Mendes Campos escreveu, numa de suas crônicas: “O dom do raciocínio quando misturado à dádiva da paixão faz com que as criaturas ponham fogo pelos olhos, como se uma coisa fizesse a outra arder indefinidamente. Lógica e paixão fazem um incêndio na alma. Pascal também devia botar fogo pelos olhos. E Spinoza”. Eu acrescentaria tantos outros grandes homens, que contribuíram para a evolução da sociedade e o progresso da civilização. Temos que “botar fogo pelos olhos” na execução de nossas tarefas, aliando, sempre, competência à paixão pelo que fazemos!
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