Quase tudo na vida é relevante e necessário, desde que na medida certa. Trabalhar, por exemplo, é indispensável, pois é no trabalho que nos realizamos e cumprimos nosso papel no mundo. Quando se descamba para o exagero, o que era virtude se transforma em vício. Descanso e lazer são fundamentais, pois até as máquinas precisam de repouso para não se desgastar. Mas há limite. O que é inconcebível é o desperdício de tempo. É de extrema tolice passar horas e horas em conversas inúteis, que nada acrescentam, com o umbigo grudado no balcão de um bar, se afogando em bebida. O segredo, na vida, está, pois, na moderação. Para o desperdício dessas horas e mais horas, o povo até cunhou uma expressão pitoresca: “matar o tempo”. Ocorre que, na verdade, é este que nos mata. Henry David Thoreau, um dos maiores ensaístas de todos os tempos, escreveu: “Quem mata o tempo injuria a eternidade”. E eu acrescento: é candidatíssimo ao fracasso!
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