Prevalece no mundo materialista de hoje a mesquinha e equivocada idéia de que só é útil a pessoa que tenha condições de trazer vantagens materiais a alguém ou a toda a sociedade. É uma forma estúpida e injusta de julgamento. Há, por exemplo, indivíduos carentes e frágeis, que por circunstâncias da vida não têm como se enquadrar nesses critérios de utilidade, porque portam alguma deficiência física, mental ou psicológica e dependem dos outros para sobreviver. No entanto, ostentam uma capacidade ímpar de doar amor. São fidelíssimos nas amizades. Manifestam-nos compreensão, carinho, gratidão e, não raro, até devoção, nas horas que mais precisamos. E o afeto, a amizade e a fidelidade, convenhamos, não têm preço. O que são, afinal, “coisas”, por mais preciosas que sejam, senão bugigangas que o tempo torna inúteis? Robert Louis Stevenson chegou à mesmíssima conclusão ao afirmar: “Enquanto se tenha ao menos um amigo, ninguém é inútil”.
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