Solidão gelada
Pedro J. Bondaczuk
Na solidão gelada
do meu quarto,
ferem-me a alma,
como um chicote
de couro cru
--- ou de fogo? ---
a ausência de um afeto,
a lembrança de outrora,
o acicate da saudade
e a tristeza de ser só...
Olho seu retrato...
Soluço e o meu soluço
é um bailado russo
ou a peripécia de um clown.
Olho o relógio...
O Tempo passa...
Ilusões morreram...
A minha vista baça
contempla a taça
de Arthur e os Cavaleiros
da Távola Redonda
e o infinito imenso
onde a matéria se transforma...
Olho...O Tempo passa...
Tudo muda, dia a dia...
A existência é vazia
e o mundo tão sem graça!
Do soluço plangente
da noite,
recolho as lágrimas de orvalho
numa taça rubra de flor...
Mas, neste momento
passa o Tempo
na solidão gelada
do meu quarto...
(Poema composto em Campinas, em 25 de junho de 1967 e publicado no "Jornal do ACP", de Paulínia, em 13 de junho de 1970).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Na solidão gelada
do meu quarto,
ferem-me a alma,
como um chicote
de couro cru
--- ou de fogo? ---
a ausência de um afeto,
a lembrança de outrora,
o acicate da saudade
e a tristeza de ser só...
Olho seu retrato...
Soluço e o meu soluço
é um bailado russo
ou a peripécia de um clown.
Olho o relógio...
O Tempo passa...
Ilusões morreram...
A minha vista baça
contempla a taça
de Arthur e os Cavaleiros
da Távola Redonda
e o infinito imenso
onde a matéria se transforma...
Olho...O Tempo passa...
Tudo muda, dia a dia...
A existência é vazia
e o mundo tão sem graça!
Do soluço plangente
da noite,
recolho as lágrimas de orvalho
numa taça rubra de flor...
Mas, neste momento
passa o Tempo
na solidão gelada
do meu quarto...
(Poema composto em Campinas, em 25 de junho de 1967 e publicado no "Jornal do ACP", de Paulínia, em 13 de junho de 1970).
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