Angustiante busca
Pedro J. Bondaczuk
Cântico profano. Coral de querubins...
Versos agrestes, acentos bárbaros,
harmonias e dissonâncias no ar.
Canções antigas, sons de inquietação,
embalos, trumpetes, improvisações,
blues rascantes, de compassos livres,
lamentos, hosanas, alucinações.
Mãos profanas, traçando itinerários
de luz e de sombras, em furta-cor.
Linhas assimétricas, confusos traços,
retratos borrados de incertezas,
de vacilos, de temores, de indecisão
e de estranhas, ingênuas singelezas.
Versos profanos, bárbaros, idealistas
marcados por múltiplas influências
de centenas de consagrados artistas,
rútilos, ou foscos, ou com iridiscências.
Estrofes duras, repletas de arranjos,
imagens de Byron e de Paul Verlaine
com pitadinhas de Augusto dos Anjos.
Arte profana, imoral verborragia,
composta, espalhada, solta a esmo,
bússola avariada, bárbara poesia,
caminho perdido, busca de mim mesmo.
(Poema composto em São Caetano do Sul em 19 de novembro de 1963).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Cântico profano. Coral de querubins...
Versos agrestes, acentos bárbaros,
harmonias e dissonâncias no ar.
Canções antigas, sons de inquietação,
embalos, trumpetes, improvisações,
blues rascantes, de compassos livres,
lamentos, hosanas, alucinações.
Mãos profanas, traçando itinerários
de luz e de sombras, em furta-cor.
Linhas assimétricas, confusos traços,
retratos borrados de incertezas,
de vacilos, de temores, de indecisão
e de estranhas, ingênuas singelezas.
Versos profanos, bárbaros, idealistas
marcados por múltiplas influências
de centenas de consagrados artistas,
rútilos, ou foscos, ou com iridiscências.
Estrofes duras, repletas de arranjos,
imagens de Byron e de Paul Verlaine
com pitadinhas de Augusto dos Anjos.
Arte profana, imoral verborragia,
composta, espalhada, solta a esmo,
bússola avariada, bárbara poesia,
caminho perdido, busca de mim mesmo.
(Poema composto em São Caetano do Sul em 19 de novembro de 1963).
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