Jardim
Pedro J. Bondaczuk
Eu perdi a edênica inocência,
fui expulso pela espada medonha
de um anjo. Estava nu. Senti vergonha
tão logo adquiri essa consciência.
Fui vítima de estranha sensação,
de que não voltaria a essa estância,
a essa fase da vida, à infância:
fui expulso do Éden, como Adão.
O tempo se encarregou, para mim,
de sepultar a extinta lembrança
do Paraíso, que eu perdi, enfim.
Porém, ao tempo vence a esperança
e um resquício do sonho de criança
reconduziu-me às portas do Jardim.
(Soneto composto em Campinas, em 7 de novembro de 1965).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Eu perdi a edênica inocência,
fui expulso pela espada medonha
de um anjo. Estava nu. Senti vergonha
tão logo adquiri essa consciência.
Fui vítima de estranha sensação,
de que não voltaria a essa estância,
a essa fase da vida, à infância:
fui expulso do Éden, como Adão.
O tempo se encarregou, para mim,
de sepultar a extinta lembrança
do Paraíso, que eu perdi, enfim.
Porém, ao tempo vence a esperança
e um resquício do sonho de criança
reconduziu-me às portas do Jardim.
(Soneto composto em Campinas, em 7 de novembro de 1965).
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