Saturday, July 31, 2010




Soneto à doce amada - LXXXI

Pedro J. Bondaczuk

Olhos límpidos, cristalinos, puros,
de cor esverdeada, suaves e sérios,
profundos, penetram além dos muros,
dissimulados, escondem mistérios.

Refletem as luzes, como esmeraldas,
contêm os matizes da tarde calma,
neblinas e sombras das altas faldas
do monte encantado de inocente alma.

Olhos altivos, acesos vulcões,
sugerem ternuras, amor, bondade,
jóias preciosas por entre escolhos.

Despertam paradoxais emoções.
Fazem-me fugir da realidade.
Querida: como são belos seus olhos!


(Soneto composto em São Caetano do Sul, em 25 de abril de 1963).

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