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Basicamente, o homem contemporâneo é o mesmíssimo ser primitivo que um dia habitou as cavernas, só que aprendeu a desenvolver ferramentas para desempenhar tarefas vitais, que antes executava com as forças dos seus músculos. Substituiu a magia dos rústicos desenhos dos feiticeiros, traçados nas paredes da sua inóspita moradia primitiva, pelo computador. Dominou processos naturais para o seu bem-estar. Descobriu como produzir fogo, inventou a roda, aprendeu a plantar, a fiar e a erigir edificações. Criou engenhocas mecânicas, o tear, o motor a explosão, o automóvel, o telefone, o avião, o rádio, a televisão, o foguete... Inventou a música, a pintura, a escultura, a arquitetura. Criou os esportes e se deixou fanatizar por alguns deles, matando ou morrendo por seu clube favorito. Todavia, na essência, continua o mesmo animal selvagem, perigoso, traiçoeiro e venal, embora vulnerável, com seus medos, mitos e indagações.
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