A infância ocupa em nossas lembranças lugar insubstituível. Ganha projeção, adquire destaque, permanece indelével, mesmo que tenha sido amarga, dolorosa e frustrante. Esse comportamento se deve, possivelmente, à fraqueza da memória (embora nem sempre). Todos com que converso falam desse período como de uma era dourada, em que eram "felizes e não sabiam". Do que se tem saudade, porém, não é de fatos e acontecimentos específicos dessa fase, mas de nós mesmos; da inocência perdida, dos sonhos deixados para trás e dos ideais que ficaram pelo caminho. Temos a obrigação de proporcionar às crianças momentos inesquecíveis de felicidade, que elas levarão consigo pelo resto das suas vidas. E a mais gratificante experiência que poderemos lhes proporcionar é a do amor. Mas o poeta Johann Wolfgang Göethe adverte: “Só é possível ensinar a criança a amar, amando-a”. Amemo-la, pois, e sem reservas, sempre!
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