Soneto à doce amada – LIV
Pedro J. Bondaczuk
Senti que havia nuvens de tristeza
e uma profunda sombra de desgosto
riscando cicatrizes em seu rosto,
tentando deformar sua beleza.
Senti que não havia vibração,
muito embora tentando, com esmero,
você lograsse ocultar desespero,
conseguisse esconder a emoção,
nos seus beijos e nos seus dedos lassos,
que tentavam recolher estilhaços,
de rotos, fragmentados sentimentos.
Todavia, coroei meus intentos
de extinguir, de vez, os seus tormentos,
estreitando-a, com amor, em meus braços.
(Soneto composto em Campinas, em 2 de outubro de 1965).
Pedro J. Bondaczuk
Senti que havia nuvens de tristeza
e uma profunda sombra de desgosto
riscando cicatrizes em seu rosto,
tentando deformar sua beleza.
Senti que não havia vibração,
muito embora tentando, com esmero,
você lograsse ocultar desespero,
conseguisse esconder a emoção,
nos seus beijos e nos seus dedos lassos,
que tentavam recolher estilhaços,
de rotos, fragmentados sentimentos.
Todavia, coroei meus intentos
de extinguir, de vez, os seus tormentos,
estreitando-a, com amor, em meus braços.
(Soneto composto em Campinas, em 2 de outubro de 1965).
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