A memória é importante, não nego, mas somente como balizadora de atos. É através dela que uma geração transmite às demais suas experiências e descobertas, impedindo que a espécie retroaja à barbárie, num processo que chamamos de educação. Foi para preservá-la, para impedir que as grandes idéias, ações e exemplos se perdessem no esquecimento, que se inventou a escrita. O passado tem, claro, a sua importância, já que a nossa vida é uma continuidade, um todo, uma somatória de tempos. Mas só terá utilidade se o utilizarmos como parâmetro, como medida, como termo de comparação, para evitar que venhamos a tropeçar nos mesmos obstáculos que nos derrubaram um dia. Ou para impedir que cometamos os mesmos erros que nos tornaram infelizes ou frustraram algum dos nossos projetos. Ou para prevenir-nos de decepções que sejam evitáveis. No mais...
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