A modernidade, nos dias que correm, é confundida, via de regra, com permissividade, com a ruptura de todos os freios morais, que construíram as civilizações (que, bem ou mal, pelo menos se mantêm). Enquanto uma pequena parcela da humanidade usufrui as “delícias” de um consumismo desregrado e perdulário, a grande maioria passa fome. Enfrenta privações de toda a sorte, sem saber como será o amanhã, que talvez nem mesmo venha a ter. As pessoas, no processo acelerado de massificação pelo qual o mundo passa, sequer param para pensar qual a razão de suas existências. Não especulam (salvo exceções, naturalmente) acerca do que estão fazendo sobre a face da Terra. Em suma, não se entendem e nem procuram se entender. Não se estimam e nem se desestimam. Vivem porque vivem, e pronto! E se não têm um grau de estima genuíno por si próprias, não podem jamais sentir qualquer coisa de realmente profundo pelos outros.
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