Muitos confundem otimismo com alienação. Crêem que podem se encerrar numa redoma de vidro, na qual ficariam imunes aos efeitos dos horrores e das patifarias que os cercam. Claro que não podem. Essas pessoas agem como se os fatos negativos que ocorrem ao seu redor não lhes digam respeito. Dizem. Os formadores de opinião precisam, sobretudo, de equilíbrio, para refletirem com exatidão a realidade, sem aumentar ou diminuir os episódios negativos. Como jornalista, a matéria-prima do meu trabalho é o que há de melhor (raramente) e de pior na natureza humana. O fato de trazer à baila os crimes, a imoralidade, a corrupção e a devastação do meio ambiente, entre outras coisas, não implica em me classificar, necessariamente, como um pessimista, um derrotista ou um catastrofista. Pelo contrário. Se abordo estes problemas é porque creio que eles têm solução. Afinal, a cura de qualquer doença depende da precisão do diagnóstico.
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