Soneto à doce amada – LIII
Pedro J. Bondaczuk
Tem olhos verdes, olhar vagamundo,
passo miúdo, com muito balanço,
jeito misterioso, meditabundo,
beleza ímpar (de olhá-la não canso).
Ela é um encanto, a minha Musa,
perpétua e constante inspiração,
às vezes é cruel e me recusa
o simples contato da sua mão.
Todavia, quando menos espero,
desvenda-me, de mulher, o encanto,
desse seu corpo, que eu desejo tanto
que acende, da volúpia, o vulcão fero.
E oscilando, entre desejo e espanto,
sinto que a cada dia mais a quero.
(Soneto composto em Campinas, em 28 de setembro de 1965).
Pedro J. Bondaczuk
Tem olhos verdes, olhar vagamundo,
passo miúdo, com muito balanço,
jeito misterioso, meditabundo,
beleza ímpar (de olhá-la não canso).
Ela é um encanto, a minha Musa,
perpétua e constante inspiração,
às vezes é cruel e me recusa
o simples contato da sua mão.
Todavia, quando menos espero,
desvenda-me, de mulher, o encanto,
desse seu corpo, que eu desejo tanto
que acende, da volúpia, o vulcão fero.
E oscilando, entre desejo e espanto,
sinto que a cada dia mais a quero.
(Soneto composto em Campinas, em 28 de setembro de 1965).
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