Ao contemplarmos a imensidão do universo, até onde os frágeis instrumentos de observação humanos alcançam, nos maravilhamos com sua grandeza e tentamos especular sobre seus desígnios. “Qual sua origem e finalidade?”, nos perguntamos a todo o instante, intuindo que tudo tem princípio e fim, a exceção de quem criou essa fenomenal estrutura. Por motivos óbvios, só podemos nos restringir às especulações, impossibilitados de chegar a qualquer certeza. Mas um conhecimento nós temos: o de que não fomos dotados por acaso de razão e que nos compete exercitar essa prerrogativa da melhor forma possível e agir de conformidade com seus ditames. Jorge Luís Borges escreveu, no capítulo “Uma oração”, do livro “Elogio da sombra – um ensaio autobiográfico”: “Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça, é ajudar a esses desígnios, que não nos serão revelados”. Ajamos, portanto, assim!
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