O amor, essa espontânea e mística identidade de ideais, objetivos e sentimentos, esta recíproca partilha e fusão de corpos e de mentes, é muito mais do que mero artifício da natureza para assegurar a perpetuação da espécie, como alguns tolos apregoam, com ares de sapiência. É a maior dádiva já concedida ao ser humano, abaixo, apenas, do privilégio da vida, mas que lhe confere encantamento, finalidade e beleza e a justifica. Aplaca nossa solidão e nos dá transcendência e grandeza. Aproxima-nos da divindade. Sem amor, não passaríamos de feras broncas, mesmo que dotadas de razão. Seríamos movidos, apenas, por naturais instintos, sem motivação maior para criar, produzir e progredir. Afinal, queiram ou não, ele é o inspirador das grandes obras, materiais e/ou espirituais. O filósofo espanhol, José Ortega y Gasset, afirma, com pertinência: “Sem amor, estaríamos como crianças perdidas na imensidão do cosmo”.
No comments:
Post a Comment