Monday, November 12, 2007

REFLEXÃO DO DIA


Muitos consideram o trabalho como maldição, castigo, forma disfarçada de servidão. Atribuem-lhe seu desgaste físico, mental e psicológico, que produziria a aceleração do seu envelhecimento, considerando-o tortura. Equivocam-se os que pensam assim. A menos que seja perigoso ou insalubre, o trabalho, na verdade, enrijece nossos músculos, confere-nos dignidade, desperta-nos auto-confiança e, sobretudo, proporciona-nos a agradável sensação de utilidade. É verdade que nem sempre (ou quase nunca) ele é devidamente remunerado. Ainda assim, é uma bênção, uma oportunidade, um privilégio. O que desgasta é o ócio, tido e havido (com toda a razão) como fonte de todos os vícios. Benjamin Franklin, um dos pais da independência norte-americana, fez essa constatação utilizando uma feliz metáfora. Afirmou: “A oxidação, por falta de uso, gasta muito mais as ferramentas que o próprio trabalho”. Ao que eu acrescentaria: e também desgasta o homem.

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